O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público de São Paulo (MPSP), deflagrou nesta sexta-feira (23) a segunda fase da Operação Apropriação Cultural. A ação resultou na prisão preventiva do vereador Dalberto Christofoletti (PSD) e na aplicação de medidas cautelares contra outras três pessoas envolvidas na investigação.
As investigações apuram a atuação de uma organização criminosa que teria desviado ao menos R$ 814.900,00 dos cofres públicos de Rio Claro. Conforme as apurações, o vereador, à época em que ocupava o cargo de secretário de Cultura do município, teria liderado um esquema no qual empresas em nome de terceiros — também alvos da operação — eram contratadas pela pasta. Os valores pagos às empresas seriam posteriormente transferidos para contas do parlamentar.
Ainda segundo o Ministério Público, o vereador teria utilizado laranjas para manter influência sobre a Secretaria de Cultura mesmo após deixar o cargo para se candidatar à Câmara Municipal. A movimentação financeira do vereador foi considerada incompatível com seus rendimentos declarados à Receita Federal.
O Ministério Público ofereceu denúncia contra os quatro investigados por envolvimento nos crimes de peculato e organização criminosa. O prefeito de Rio Claro será intimado a suspender imediatamente qualquer repasse de verbas públicas às empresas ligadas aos denunciados, bem como a interromper o exercício de qualquer função pública por parte dos investigados.