A falta de água tem levantado debates e preocupações aos moradores de Cordeirópolis (SP). Usuário do Sistema Autonômo de Água e Esgoto (SAAE) questionam a falta de resposta concreta sobre a solução do problema que afeta diversos bairros da cidade. A prefeitura tem adotado o velho modelo de justificativa; a culpa é da gestão anterior.
Moradores do São Francisco, Jardim Cordeiro, São Luís e Portal das Torres têm revelado nas redes sociais, preocupação quanto ao abastecimento de água. Fontes que residem no Portal das Torres, procuraram a reportagem para informar o descaso e revelaram que a água foi vista pela última vez no bairro, na quarta-feira passada, dia 12. São pelo menos 10 dias sem água na torneira e no reservatório residencial.
A falta de responsabilidade da atual gestão impressiona, já que diversos funcionários experientes foram exonerados para dar lugar a funcionários que não possuem experiência relevante no ramo de saneamento básico. A prefeita de Cordeirópolis ainda não se manifestou sobre os os últimos casos. Em postagem nas redes sociais, ela afirma que o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) está sucateado e em situação de abandono - isso há quase três meses de governo.
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Medidas não foram tomadas e nem publicadas. A autarquia fala em alto consumo, bombas queimadas e aparelhos antigos. Enquanto isso os moradores aguardam uma resposta contundente que justifique a falta d'água, já que na maioria dos casos, as contas estão em dia.
Não é um problema recente. O cordeiropolense tem lidado com desabastecimento há alguns anos. Sem contar a crise hídrica, alguns bairros já tiveram problemas parecidos no passado. Investimentos importantes foram realizados ao longo dos anos para mitigar a crise e diminuir o impacto sobre o morador. As faturas estão cada vez mais caras, e os impactos da falta de água, cada vez menos resolvidos.
Em nota divulgada nas redes sociais - há quatro dias, o SAAE informou que um motor responsável pela captação de 60% de água que abastece a cidade queimou, mas que o problema teria sido resolvido em menos de duas horas. Depois foi informado que equipes trabalharam madrugada a dentro sobre o problema. Por fim, a autarquia reforçou a tese de alto consumo e pediu uso consciente da água.